sábado, 14 de novembro de 2009

Definição: O pecado


Hamartiologia, doutrina do pecado, refere-se ao homem no seu estado decaído. O termo grego hamartia é aplicável ao pecado, quer seja considerado como ato, quer como estado ou condição. Deus, o pecado e a redenção são assuntos bíblicos entrelaçados.
A narração da prova do homem e da queda se encontra em Genesis 3.1-24, e considera-se tal narração como histórica através do Antigo e Novo Testamento. Para que nosso Deus fosse glorificado pelo serviço voluntário do homem, este deveria ser posto à prova, sujeito à tentação, ao risco, ao custo inevitável da possibilidade do pecado. A tentação foi permitida porque de nenhuma outra maneira poderia ser provada e aperfeiçoada a obediência humana. Adão foi feito santo, mas também foi dotado da faculdade de escolher livremente entre alternativas morais. Por meio deste livre arbítrio, o seu estado de santidade podia ser perdido.
Apesar da santidade do homem, existiam nele certas susceptibilidades ao pecado. Primeiro, possuía certos desejos físicos que, embora lícitos em si mesmos, poderiam ser ocasião de pecado. Além disto, no plano mais elevado ou espiritual do seu ser, o homem tornou-se impaciente em relação ao lento processo da Providência divina, fazendo assim susceptível a sugestões que pareceriam apressar o cumprimento dos propósitos divinos. O uso de meios falsos para alcançar fins bons faz parte do engano do pecado.
O pecado começou na distanciação da vontade do homem da de Deus. Com a distanciação entre o indivíduo e Deus, o ato externo era olhar de desejo cobiçoso para com a árvore. Isto tinha em si mesmo a culpa da participação e foi seguido pela participação como ato manifesto. O homem pecou contra a santidade da sua própria natureza e apesar de viver num meio ambiente perfeito, gozava de ampla liberdade e se comunicava livremente com o Criador.
O pecado é culpa única do homem e, assim, é vindicada a bondade de Deus. Colocar a árvore foi, na realidade, uma ato de bondade com o propósito de advertir o homem contras más escolhas e para que servisse como lembrança constante da obrigação de escolher sabiamente.

Referência: WILEY, Orton. Introdução à teologia cristã. 1990. P. 185-190

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar este blog