quarta-feira, 25 de novembro de 2009

SINAIS DE UMA IGREJA VIVA


A igreja está no centro do plano de salvação e Lucas no evangelho descreve quatro marcas de uma igreja cheia do Espírito. (estudo, comunhão, adoração, evangelização)
A igreja viva é uma igreja que está aprendendo, uma comunidade que estuda. A plenitude do Espírito Santo é incompatível com o antiintelectualismo. Entendemos que já não há apóstolos na igreja. Ninguém na igreja atual tem uma autoridade comparada a de Paulo, Pedro ou qualquer dos apóstolos de Jesus Cristo.
Compartilhamos a graça de Deus. Paulo fala da comunhão que temos com o Espírito Santo. A comunhão autêntica é uma comunidade trinitária. Nós os crentes participamos em comum no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Há um segundo aspecto da koinonía. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja generosa.
Existem dois aspectos da vida de adoração da igreja primitiva que são desejáveis em uma igreja renovada. A adoração era formal e informal. Contudo, a adoração da igreja primitiva também se caracterizava pela reverência. Seus cultos não eram irreverentes. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus.
Finalmente uma igreja viva é uma igreja evangelizadora. Salvação e pertencer à igreja são dois atos que vão juntos. O Senhor fazia crescer dia a dia a comunidade. A evangelização não é um assunto ocasional, deve ser algo contínuo. Quando a igreja esta cheia do Espírito Santo, se abre ao mundo necessitado de Deus e então as pessoas podem ser acrescentadas cada dia à igreja.
Podemos dizer com toda firmeza que na atualidade não há na igreja apóstolos de Jesus Cristo, porque ninguém teve uma aparição do Cristo ressuscitado. Existem líderes, bispos, evangelistas, pioneiros, missionários e plantadores de igrejas aos quais podemos nos referir como ministros apostólicos. É válido dar-lhes o qualificativo “apóstolo” (adjetivo), porem não lhes corresponde o título de “apóstolo” (substantivo). Há uma diferença fundamental entre aqueles primeiros apóstolos e qualquer mensageiro do evangelho que os tem sucedido. A igreja primitiva compreendeu muito bem esta diferença. Quando morreu o último apóstolo, a igreja sabia que se iniciava uma etapa nova, a era pos-apostólica.
A igreja não foi chamada nem para se excluir nem para se assemelhar totalmente com o mundo. Não temos liberdade para nos retirarmos do mundo, nem tão pouco para nos confundirmos com ele. Nas palavras de Jesus, devemos estar no mundo porem não sermos parte do mundo. Precisamos lembrar continuamente que a igreja pertence a dois âmbitos: ao céu e a terra. A igreja é santa e está em processo de santificação. A igreja é o povo santo de Deus, foi comprada pelo sangue precioso de Cristo e santificada pelo Espírito Santo.. Em um sentido, há só uma igreja, a igreja de Deus, Sua igreja universal. O apóstolo harmoniza a ambigüidade da igreja porque sua perspectiva combina passado, presente e futuro dos crentes. Não há contradição entre esses três aspectos da identidade da igreja. Foi enriquecida no passado, não lhe falta no presente nenhum dom espiritual, e no entanto espera sua perfeição final. Mantenhamos essa perspectiva, e demos graças a Deus porque o que somos, e o que seremos, o devemos a Sua graça e fidelidade.
A atitude partidarista ou separatista tem implicações muito sérias. Esses desacordos, disse Paulo, são teologicamente ofensivos porque contradizem os fundamentos do evangelho em três sentidos: contradizem a pessoa de Cristo, a cruz de Cristo e o significado do batismo em Cristo. Em outras palavras, Cristo era quem ficava ofendido e negado por todos os grupos. O que fazer com as diferenças? A igreja é um povo santo de Deus, comprada pelo precioso sangue de Cristo e santificada pelo Espírito Santo. No entanto, a realidade ambígua da igreja é um desafio para que busquemos santidade e procuremos unidade em torno da essência do evangelho da cruz de Cristo.
Examinemos nossas motivações. Tenhamos cuidado, ao pregar e batizar, de não estimular às pessoas a se sentirem mais leal a nós do que ao Senhor. Isto era o que havia horrorizado Paulo. Substituir o nome de Cristo pelo nosso próprio nome é contradizer o evangelho.
Hoje vivemos em uma sociedade que adora o poder. Obviamente, a situação não é nada nova. A cobiça pelo poder tem caracterizado sempre o ser humano. Lamentavelmente, também aparece na igreja. Jesus não se aferrou ao poder que legitimamente lhe pertencia. Se Ele renunciou ao poder, nós devemos fazer o mesmo. Esta perspectiva é totalmente oposta à do mundo. Este valoriza o poder. Deus, pelo contrário, insiste na humildade.
A salvação que Deus oferece é muito mais que simplesmente conhecer sobre Ele; é restaurar plenamente nossa relação com Ele. Deus o fez através da “loucura da pregação”. O que era impossível para a sabedoria do mundo, Deus se contentou em fazer-lo através do kerygma, isto é, a mensagem do evangelho.
Tudo se deve à graça de Deus, através de Cristo na cruz. O principio do poder na fraqueza alcança sua máxima expressão na pessoa de Cristo. A Palavra veio de Deus, se enfoca em Cristo e foi inspirada pelo Espírito Santo. Podemos definir à Bíblia como o testemunho do Pai sobre o Filho, dado através do Espírito. A revelação da verdade de Deus se faz por meio da inspiração. Deus falou através dos autores humanos.
Permitamos a Deus derrubar as nossas defesas, para que a Palavra nos desafie e O Espírito Santo habita em todos os filhos de Deus. Ele é quem ilumina a verdade bíblica para que a possamos conhecer e viver segundo ela.
Cada obreiro receberá do Senhor sua recompensa, conforme seu trabalho, no dia do juízo. Os que a constroem, formam uma equipe de trabalhadores que contribuem para a mesma meta. Uns são os que põem a fundação e outros os que edificam sobre essa fundação. Mas só Cristo pode ser o fundamento sobre o qual todos edificam.
Já não precisamos de imagens nem símbolos da presença de Deus: o Espírito Santo habita no Seu povo. Essas atitudes danificam e destroem a identidade da igreja como povo de Deus. Exaltar aos líderes humanos na igreja é uma demonstração de tolice, não de sabedoria. Os líderes cristãos devem ser diferentes dos do mundo. Antes de ser ministro da Palavra ou da igreja, os líderes são ministros ou servos de Cristo. Alguns descuidam do estudo da Palavra de Deus ou a lêem de maneira ocasional e superficial.
Nós os evangélicos vivemos do lado da planície que representa o mundo bíblico. Só Deus é nossa autoridade absoluta. Na igreja necessitamos menos autoritarismo, menos liderança personalista, e mais afeto e bondade para com a congregação.


REFERÊNCIA:

STOOTT, John. Señales de uma iglesia viva. Editorial Certeza Argentina. 147 pg.

Um comentário:

  1. O texto diz tudo: realmente a vivacidade da igreja vem do estudo da Palavra de Deus. E sem iss, como diz as escrituras: o povo perece por não conhecer a Palavra de Deus (e acatar a ela!). Parabéns pelo blog! E aparece lá no meu blog também. Aceito sugestões de textos e mensagens.Fica com Deus!
    www.fabiamaral85.blogspot.com

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