terça-feira, 13 de setembro de 2011

Graças dou pelas pedras no caminho!

Deus está envolvido nos detalhes da vida? Deus poderia  nos ensinar algo em um pneu furado? Deus não se preocupa com você apenas aos domingos durante os cultos, Ele está presente em todos os momentos de sua vida.

Uma das verdades espirituais mais prática é encontrada em 1 Tessalonicenses 5:18 - "Em tudo dai graças ..." Apenas quatro pequenas palavras que medem a minha caminhada com Deus.

Eu nunca vou esquecer a primeira vez que realmente compreendi o conceito de dar graças em todas as coisas. Foi 100% estranho para mim. Eu estava acostumada a ficar incomodada, ou extremamente preocupada quando algo não dava certo, ou simplesmente chacoalhava os ombros enquanto murmurava.

Mas comecei a praticar este comando e para minha surpresa, comecei a notar uma mudança em minha atitude sobre a vida em geral. Comecei a perceber que Deus queria invadir todas as áreas da minha vida. Todas as áreas.

Será que Ele realmente quer que nós sejamos gratos por tudo?

Por que um coração grato poderia ser tão importante para Deus? Deixe-me sugerir três razões.

Em primeiro lugar, dar graças em todas as coisas expressa a fé no Deus que sabe o que está fazendo, fé no Deus que soberanamente está presente em tudo o que nos acontece.

Em segundo lugar, Ele nos mandou dar graças porque Ele sabia que nós não iriamos agradecer naturalmente . Dando graças em todas as coisas significa que eu não estou mais andando como um mero homem, resmungando e reclamando sobre "coisas", mas andando como um homem espiritual (1 Coríntios 2:14-15), um homem que vê Deus em ação ... mesmo em carrapichos que tendem a grudar em minhas calças.

Em terceiro lugar, Ele quer nos ensinar como lidar com carrapichos irritantes.  Deus quer usar os irritantes para aperfeiçoar nossa fé, nos instruir e nos ver crescer.

Pergunto-me quantas vezes Deus precisa me ensinar a mesma lição até que eu aprenda? (risos)

Pressionado? Oprimido? Por que não considerar dar graças por aquilo que é tão pesado? Sentindo-se encurralado por lutas da vida diária? Por que não expressar a fé e gratidão que Deus sabe o que está no controle de tudo? Você está com raiva, ressentido e amargurado sobre aquilo sobre o qual você não tem controle? Por que não abrir mão desses sentimentos fúteis e dar graças Àquele que está no controle? Teve um dia ruim? Semana? Mês? Pare! e agradeça Àquele que não irá decepcionar.

Você tem algum grão e cascalho em seu sapato que te faz sentir com  uma manada de pedras? Antes de tentar esvazia-los, por que você não para agora e dá graças por essa pilha de pedras e pede para Deus lhe  ensinar o que você precisa aprender com essas pedras.

Às vezes, nós nunca superamos a nossa necessidade de reaprender as lições mais fundamentais, e por isso as pedras persistem em nosso caminho: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus."


Eugenia Oliveira

Sono - Um presente de Deus!


"Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem".  Salmo 127.2

A Escritura diz que dormir é um presente de Deus para nós. Mas temos a tentação em nossa cultura de 24 horas de ignorar nossas limitações de criatura e tentar viver a base de cafeína. Isto é insensato, por muitas razões. Pesquisas científicas recentes tem demonstrado os benefícios miríade de ter pelo menos sete horas de sono, se não mais. O nosso corpo necessita do sono, assim como nossas mentes.

É de conhecimento comum que as tentativas de resolver conflitos no fim de noite são imprudentes - quando estamos cansados, não temos clareza e auto-controle para resolver nossas divergências. A ciência também confirma que privação de sono também afeta  julgamentos morais.

O sono é um dos limites concedidos à criatura finita do todo-suficiente Criador, benevolente. Deus criou o sono para restaurar a nossa saúde, reforçar a nossa aprendizagem, e o processo de nossas memórias.

Eu acho que Ele também nos deu o sono, a fim de que possamos entender a dimensão de descansar e confiar Nele como Aquele que cuida dos detalhes de nossas vidas.

Há algumas etapas da vida em que a insônia pode ser um fator inevitável,  tal como momentos que são necessários cuidar de um bebê recém-nascido ou quando um membro da família está com uma doença grave. Eu acredito que Deus irá fornecer sustentação e graça para essas necessidades.

Mas quando perdemos o sono, a fim de ficarmos preocupados com coisas de nossas listas de tarefas ou para entreter a ansiedade por conta de algo que ainda não aconteceu ou nunca acontecerá, estamos ignorando uma verdade fundamental: somos finitos e nunca vamos fazer tudo o que está em nossa agenda. Só Deus vai realizar tudo o que Ele declarou que vai acontecer.

Esta é a província de um Infinito, Onisciente, ser Todo-suficiente. Que deve humilhar-nos e encorajar-nos, ao mesmo tempo, pois este é também o único que amorosamente cuida de nós enquanto dormimos.


"Em paz me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança". Salmo 4.8

Bons sonhos!

Eugenia Oliveira

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em busca do silêncio!

Jim Elliot, mártir da fé em Cristo, disse: "O diabo monopolizou seu empreendimento em três elementos: Ruído, pressa e multidões ... Satanás está bem ciente do poder do silêncio".

Em nossa cultura é tão fácil ser pego na pressa da vida. Trabalho, família, amigos e todas as atividades competem por nosso tempo. Muitas vezes nos sentimos puxados para todas as direções, como um brinquedo que é disputado por um grupo de crianças.
Infelizmente, nós, como cristãos podemos cair na armadilha de espiritualizar nossas ocupações. Em nome de Cristo, atendemos nossas necessidades, visitamos as pessoas, participamos de estudos bíblicos e servimos aos outros enquanto fazemos malabarismo com nosso trabalho, relacionamentos íntimos,  tarefas domésticas.
E então nós também muitas vezes deixamos de fazer algo para cumprir outra responsabilidade. Desta forma, podemos também facilmente negligenciar o nosso relacionamento pessoal com o Senhor e, lentamente, nos tornar menos focados em viver para a Sua glória.

Por favor, tenha em mente que nenhuma das atividades listadas no parágrafo anterior são necessariamente erradas, e que o Senhor nos chama para deixar nossa luz brilhar para que outros possam ver nossas boas obras e glorifiquem a Ele (Mateus 5:16).

No entanto, é importante para nós perceber os benefícios que usufruimos quando somos capazes de nos separar das distrações da vida, quando tranquilizamos nossos corações diante do Senhor, e buscamos para nossa pressa uma perspectiva espiritual.

Mesmo durante o auge de seu ministério, o próprio Cristo, o servo final e nosso exemplo supremo, teve tempo para ficar a sós com o Pai (Mateus 4:23). Ele estava continuamente envolto por mulitdões e tinha o poder de fazer coisas que ninguém mais poderia fazer, mas Ele sabia a importância de se afastar, a fim de ficar sozinho.

Tenho notado em minha vida a importância do "fugir" para ter para ter um tempo com Deus. Quando olho para minha agenda e verifico que desde a parte da manhã ao decorrer do dia tenho muitas atividades intensas me aguardando, percebi que é antes, durante ou depois destas atividades, que às vezes me stressam, tornam-me preocupada, agitada,  que Deus é mais feliz quando reservo momentos de silêncio com Ele.

A disciplina do silêncio e da solidão não é apenas para aqueles que vivem em mosteiros. Não é algo que está fora do nosso alcance ou algo que servirá de desculpa para não cumprirmos nossas atividades.

Nós simplesmente precisamos aproveitar os momentos que nos permitem concentrar em Cristo, mesmo que seja apenas nos poucos minutos acordando mais cedo ou antes de irmos para a cama. É incrível pensar sobre quanto tempo gastamos indo e voltando do trabalho, conversando com as pessoas, ou, intertidos com a TV ou internet.

Poderíamos facilmente optar por passar esse tempo orando, revendo a Escritura, ou louvando a Deus por seus atributos incríveis em vez de simplesmente ligar o rádio.

A vida não nos apresenta blocos de tempo em que absolutamente, exista planos para fazer nada, quando nada precisa ser feito, e quando ninguém precisa de nossa atenção.

As demandas do nosso tempo parecem ser maiores à medida que envelhecemos, assim como aumenta também nossa necessidade de alívio perante tantos afazeres.

Para persistir nestes momentos de silêncio precisamos de criatividade e persistência, mas vale a pena o nosso esforço para encontrar aqueles momentos especiais e lugares onde podemos ficar a sós com nosso Salvador.


Eugenia Oliveira

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aprenda a lidar com a raiva!

As maneiras de Deus lidar com o erro são maravilhosas e surpreendentes, combinando firmeza com honestidade, gentileza com o perdão.

Mas como você pode colocar isso em prática? Como você aprende a deixar lidar com a raiva de forma errada e  passa apenas a expressar a raiva de forma construtiva?

O apóstolo Paulo oferece ajuda prática em sua carta aos Efésios. Ele tem muito a dizer sobre como lidar com sua raiva:

29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. 30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. 31 Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. 32 Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. 1 Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; 2 e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Efésios 4.29-5-2.


Paulo começa dizendo como não expressar nossa raiva. Primeiro, ele diz que não devemos guardar para nós mesmos ("deixar amargura"). Segundo, ele diz que não devemos despejar a nossa raiva em outra pessoa ("ira e raiva"). Finalmente, não devemos procurar pessoas para nos envolver com rumores e fofocas ("clamor e a calúnia").


Então, se você não pode se encher de raiva, ou explodir, ou  fofocar, o que resta?

Você tem que pedir ajuda a Deus. Quando você ir até Ele, você vai aprender a pensar através de suas reações de raiva e como reagir de uma maneira que seja construtiva.

Sua raiva será transformada quando você entender profundamente em seu coração como Deus, em Cristo, te trata.

A paciência de Deus, o confronto misericórdia, perdão e amor só se tornará real na sua vida quando seu relacionamento com Ele crescer. Comece com um encontro sincero com Deus.

Deus nos deu o Livro de Salmos para que tenhamos muitas maneiras diferentes de falar com Deus sobre as coisas que realmente importam para nós. Alguns salmos falam com Deus sobre nossos pecados (Salmos 32 e 51). Outros salmos falam sobre o sofrimento da injustiça nas mãos de outros (Salmos 10 e 31). E muitos salmos falam de ambos (Salmos 25 e 119).

Todos os salmos falam de Deus, e revelam o que Ele é como pecisamos d'Ele, e como expressar o amor por Ele. O salmos são poéticos, mas não são poesia, são exemplos vivos dada para nos ensinar como falar honestamente com Deus sobre coisas que importam.

A Bíblia é um livro vivo e isso o difere de  livros de auto-ajuda, medicamentos e controle da mente. Estar em relação com o Deus vivo é o que vai mudar gradativamente sua raiva destrutiva para construtiva.

Lembre-se da mensagem do Deus de amor e misericórdia para com você. À medida que você entender o amor de Jesus com todo seu coração, você vai notar que, passo a passo, uma verdadeira mudança estará acontecendo.

Sua vontade de ser dominado por Jesus e segui-lo para fazer Dele a sua primeira prioridade vai permitir que você o imite em expressar sua raiva de uma forma redentora.

Em seguida, seus conflitos não terminaram com portas batidas e silêncios feridos. Em vez disso, haverá um diálogo construtivo  e o desejo de cada um de vocês a crescer à imagem de Deus.

Seu relacionamento real com o Deus que te ama ao extremo irá permitir que você cresça em ter relacionamentos humanos reais, onde os conflitos vão se tornar uma oportunidade para a compreensão do crescimento, e expressão dos frutos do Espírito.

Eugenia Oliveira

Maria - UM EXEMPLO DE DISPONIBILIDADE!

Equipada com as promessas de Deus, a resposta de Maria foi simplesmente: "Eu sou a serva do Senhor ... Que seja feito em mim, como tu queres" (Lucas 1:38). Em outras palavras, "Senhor, eu estou disponível. Você é meu mestre, eu sou tua serva. Estou disposta a ser usada. Meu corpo é seu, o meu ventre é seu, minha vida é sua ".

No ato de rendição, Maria ofereceu-se a Deus como sacrifício vivo. Ela estava disposta a ser usada por Deus para Seus propósitos. Ela estava disposta a suportar a perda de reputação que estava certa que perderia quando as pessoas percebessem que ela estava grávida, disposta a suportar o ridículo e até mesmo o apedrejamento possível permitido pela lei mosaica, disposta a passar por nove meses de desconforto crescente e insônia, disposta a suportar as dores do parto de dar à luz o Menino. Maria estava disposta a desistir de seus próprios planos e agenda, para dar prioridade a agenda de Deus.

Seguindo o exemplo de Maira o grito do coração de cada mulher de Deus deveria ser:

"Eu sou sua serva. Estou disponível.
"Deus, Tu queres que eu me case? Eu vou casar.
"Você quer que eu permaneça solteira? Eu vou permanecer solteira.
"Tu queres que eu tenha filhos? Eu vou criar os filhos para a Sua glória.
"Você quer que eu não tenha filhos? Então eu vou ser uma reprodutora de frutos espirituais na vida dos outros.

Maria, simplesmente, estava disponível para o cumprir da vontade de Deus. Independente das retaliações, mesmo que houvesse desdobramentos que contrariassem a sociedade, Maria estava disponível para fazer a Vontade de Deus. E, Deus espera de nós mulheres esta mesma disponibilidade para que a vontade Dele se cumpra através de nossas vidas.

domingo, 4 de setembro de 2011

A Absoluta Importância do Motivo

 A. W. Tozer

A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto do que o nível, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada do que o motivo que inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda a ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada a favor do inimigo e contra o reino de Deus.



Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a vaidade e a avareza. Toda a atividade desse tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.



Nesta relação de motivos como em muitas outras, os fariseus dão exemplos claros. Eles continuam sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa do erro doutrinário, nem porque eram pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas orações e as tornavam inúteis e, realmente más. Contribuíram para o serviço do templo, porém, às vezes, o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isso era um mal, um pecado. Os fariseus condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava tudo o que faziam. Suas atividades eram cercadas por aparências de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade de seus motivos.



Isso não é uma coisa insignificante - é o que podemos concluir do fato de que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira, até que finalmente crucificaram o Senhor da glória, sem qualquer noção da gravidade do seu crime.



Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus - maus em si mesmos e maus por serem praticados em nome de Deus. Isto equivale em pecar em nome dAquele Ser que é impecável, a mentir em nome dAquele que não pode mentir e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.



Os crentes especialmente os mais ativos, freqüentemente devem separar um tempo para sondar a sua alma, a fim de certificarem-se dos seus motivos.



Muito solo é cantado para exibição; muitos sermões são pregados para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas como um insulto contra outra igreja. Mesmo a atividade missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, tornando-se uma espécie de marketing eclesiástico para satisfazer a carne. Não esqueçam que os fariseus eram grandes missionários e rodavam o mar e a terra para fazer um converso.



Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre que possível, com nossa Bíblia aberta em I Coríntios 13. Esta passagem, embora seja considerada uma das mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas dentre as que se acham nas Escrituras Sagradas. O apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e consigna à futilidade, se não for motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.



Resumindo, podemos dizer que, aos olhos de Deus, somos julgados não tanto pelo que fazemos e sim por nosso motivos para fazê-lo. Não "o quê" mas "por quê" será a pergunta importante que ouviremos, quando nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto estivemos no corpo.

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