Jim Elliot, mártir da fé em Cristo, disse: "O diabo monopolizou seu empreendimento em três elementos: Ruído, pressa e multidões ... Satanás está bem ciente do poder do silêncio".
Em nossa cultura é tão fácil ser pego na pressa da vida. Trabalho, família, amigos e todas as atividades competem por nosso tempo. Muitas vezes nos sentimos puxados para todas as direções, como um brinquedo que é disputado por um grupo de crianças.
Infelizmente, nós, como cristãos podemos cair na armadilha de espiritualizar nossas ocupações. Em nome de Cristo, atendemos nossas necessidades, visitamos as pessoas, participamos de estudos bíblicos e servimos aos outros enquanto fazemos malabarismo com nosso trabalho, relacionamentos íntimos, tarefas domésticas.
E então nós também muitas vezes deixamos de fazer algo para cumprir outra responsabilidade. Desta forma, podemos também facilmente negligenciar o nosso relacionamento pessoal com o Senhor e, lentamente, nos tornar menos focados em viver para a Sua glória.
Por favor, tenha em mente que nenhuma das atividades listadas no parágrafo anterior são necessariamente erradas, e que o Senhor nos chama para deixar nossa luz brilhar para que outros possam ver nossas boas obras e glorifiquem a Ele (Mateus 5:16).
No entanto, é importante para nós perceber os benefícios que usufruimos quando somos capazes de nos separar das distrações da vida, quando tranquilizamos nossos corações diante do Senhor, e buscamos para nossa pressa uma perspectiva espiritual.
Mesmo durante o auge de seu ministério, o próprio Cristo, o servo final e nosso exemplo supremo, teve tempo para ficar a sós com o Pai (Mateus 4:23). Ele estava continuamente envolto por mulitdões e tinha o poder de fazer coisas que ninguém mais poderia fazer, mas Ele sabia a importância de se afastar, a fim de ficar sozinho.
Tenho notado em minha vida a importância do "fugir" para ter para ter um tempo com Deus. Quando olho para minha agenda e verifico que desde a parte da manhã ao decorrer do dia tenho muitas atividades intensas me aguardando, percebi que é antes, durante ou depois destas atividades, que às vezes me stressam, tornam-me preocupada, agitada, que Deus é mais feliz quando reservo momentos de silêncio com Ele.
A disciplina do silêncio e da solidão não é apenas para aqueles que vivem em mosteiros. Não é algo que está fora do nosso alcance ou algo que servirá de desculpa para não cumprirmos nossas atividades.
Nós simplesmente precisamos aproveitar os momentos que nos permitem concentrar em Cristo, mesmo que seja apenas nos poucos minutos acordando mais cedo ou antes de irmos para a cama. É incrível pensar sobre quanto tempo gastamos indo e voltando do trabalho, conversando com as pessoas, ou, intertidos com a TV ou internet.
Poderíamos facilmente optar por passar esse tempo orando, revendo a Escritura, ou louvando a Deus por seus atributos incríveis em vez de simplesmente ligar o rádio.
A vida não nos apresenta blocos de tempo em que absolutamente, exista planos para fazer nada, quando nada precisa ser feito, e quando ninguém precisa de nossa atenção.
As demandas do nosso tempo parecem ser maiores à medida que envelhecemos, assim como aumenta também nossa necessidade de alívio perante tantos afazeres.
Para persistir nestes momentos de silêncio precisamos de criatividade e persistência, mas vale a pena o nosso esforço para encontrar aqueles momentos especiais e lugares onde podemos ficar a sós com nosso Salvador.
Eugenia Oliveira
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