quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ame os alunos coerente e incondicionalmente.

Do livro 7 leis do aprendizado:

Jesus forneceu o mais importante maximizador ao declarar: “... Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mt 22.37-40.)

Dos quarenta e nove maximizadores apresentados neste livro, este primeiro é, disparado, o vencedor. Amar profunda e continuamente seus alunos haverá de maximizar a marca que você imprimira na vida deles mais do que todos os outros quarenta e oito juntos.

Aliás, de acordo com o texto de 1 Coríntios 13, se não amarmos profundamente nossos alunos, tudo o mais que fizermos resultara em muito pouco. E como é raro estarmos numa sala de aula onde os esforços e o carinho do professor são voltados, em primeiro lugar, para os alunos! Aparentemente, na maioria das escolas e igrejas, “amar os alunos” saiu de moda. A admoestação bíblica para amarmos foi, de alguma forma, tão diluída, que poucos de nós conseguimos compreender a verdadeira profundidade de nosso chamado. Achamos que nossa vocação é meramente preparar a aula, ensinar com entusiasmo, e, quem sabe, telefonar para os alunos numa emergência ou fazer uma festinha com eles uma vez por ano.

Além disso, deixamos também que nossa definição de amor se tornasse destituída de emoção. Conceitos como intenso, ardente, zeloso, ou fervoroso não parecem ter mais lugar na sala de aula. Será que você deveria entusiasmar-se? Saber que podemos ata praticar ações incrivelmente positivas para com os outros sem, no entanto, amá-los dá muito a pensar, não é mesmo? Em 1 Coríntios 13, por exemplo, encontramos menção de duas ações que estão além da imaginação da maioria de nós – der todos os nossos bens para os pobres e entregar nosso corpo para ser morto – e lá diz que é possível praticá-las sem amor. E sem amor, elas não têm sentido.

O amor, é claro, pede ação, pois nos versos 4 a 7 ele é definido em termos de atos: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não e orgulha...” (NVI.) Mas será que no amor há lugar para ardor, devoção? Na primeira carta de Pedro 4.8, temos uma resposta especifica: “Sobretudo (sobre todo o restante deste livro), amem-se intensamente uns aos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” (NVI – grifo do autor.)

“Amar intensamente” é possuir sentimentos intensos e sérios. Portanto nós precisamos nos esforçar para nos tornarmos intensa e emocionalmente envolvidos com nossos alunos, para amá-los intensamente.

Por mais surpreendente que possa parecer, creio que todos os professores “amam” sem exceção. Quando observamos o comportamento deles, logo percebemos o que é que eles amam. Nossa conduta revele os valores e o apego que temos. Os três grandes “amores” de um professor parecem, consistentemente, estar em uma das seguintes categorias:

1. O amor pelo conteúdo. São os professores que ficam tão entusiasmados e motivados com a matéria, que perdem a classe de vista. A maior parte do tempo de ensino é voltada para a matéria. Ficam tão enamorados daquilo que estão dizendo, que jamais têm tempo ou forcas para focalizar a atenção naqueles a quem estão ministrando.

2. O amor pela comunicação. São os professores que ficam tão “ligados” e motivados pela simples idéia de falarem a um auditório, que perdem de vista os próprios ouvintes! A adrenalina sobe quando se dirigem ao palco. Eles são movidos pela reação da platéia. As pausas propositais, os crescendos, o humor cuidadosamente inserido, as frases de efeito, o fechamento forte, os gestos calculados, tudo se harmoniza para crias o desempenho. Os aplausos. A aclamação. É o amor pelo evento em lugar do amor pelo aluno.

3. O amor pelo estilo de vida de professor. São professores que ensinam simplesmente para poderem estar livres durante as férias, principalmente as mais longas, e fazerem o que bem entendem. Eles não visualizam o ensino como chamado, mas sim como uma fonte de recursos. Vêem os alunos apenas como algo que devem tolerar.

O que Jesus fez devido ao seu intenso interesse de comunicar-se com esta sua classe, que chamamos de mundo? Ele deixou a glória dos céus para se sacrificar pelo bem de sua “classe”. Ensinou a verdade com todo coração, com toda a alma, e com todo o entendimento – e, em última análise, com sua vida. Cristo morreu para nos ensinar a verdade! É assim o amor ardente que Cristo tem por seus alunos.

Quando tudo estiver encerrado, o maior elogio que poderíamos receber como professores poderia bem ser: “Observe como ele amou seus alunos!”

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