quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O orador e o estilo

Do livro 7 leis do aprendizado:
Quando o estilo é seu ponto forte, seus alunos podem rotulá-lo de comunicador, de tremendo orador ou de extremamente motivador. Você gosta de comunicação e vibra ao ver os alunos reagirem positivamente àquilo que você lhes está ministrando. Você adora estar sempre aprimorando seu curso reiteradamente, de forma que ele contenha boas ilustrações e bons recursos visuais. Seu esboço é equilibrado e até mesmo aliterado. Para você não basta o conteúdo fazer sentido; precisa ter boa apresentação e soar bem. E o mesmo tempo que você gasta para preparar o conteúdo, gasta pensando em como irá apresentá-lo. Você, normalmente, é a “espontaneidade” em pessoa, e aprecia os desafios do presente momento, e de como aproveitá-lo ao máximo. Quando você dá uma aula, dá tudo de si; e quando ela termina, se sente exaurido.


Seus alunos o consideram um grande professor, e a maioria gosta de suas aulas. Eles chegam cheios de expectativas e o tempo parece voar. Eles apreciam sua intensidade e capacidade de manter a aula interessante e motivadora. Eles gostam de como você faz uso da variedade e criatividade. Muitos deles sentem que sua aula é o ponto alto do dia, porque sempre saem dela motivados e recarregados.


Talvez você tenha tido uma professora que era o “estilo” em pessoa. Além de ensinar com estilo, tinha estilo também para se vestir. Quando ela entrava na sala, dava até pra sentir um friozinho na barriga, tal a expectativa. Na aula dela, as paredes ficavam repletas de pôsteres, figuras e dos melhores trabalhos. Ela parecia fazer com que os conceitos mais complexos fossem simples de entender. Diferentemente da maioria dos professores, ela detestava a aula expositiva. No maravilhoso clima de aprendizagem que ela criava havia dramatização, trabalho em grupo, debates espontâneos, sessões de enfoque específico, oradores convidados, filmes especiais – tudo.


Por outro lado, se seu relacionamento com estilo é o seu ponto mais fraco, quem sabe seu apelido seja “discurso”, e a idéia de usar um retroprojetor seja tão estranha quanto você teria sido ao apóstolo Paulo. Você prefere ficar atrás da mesa e se sente meio nu quando tem que sair de trás dela. Quanto a dramatizações, isso é para Hollywood, coisa de cinema. Trabalho em grupo? Isso é para quem crê que a melhor forma de descobrir a verdade é compartilhar a ignorância. Aliás, o “Sermão do Monte” foi uma palestra, não foi?


Se essa área é o seu ponto fraco, os alunos provavelmente acham suas aulas maçantes, onde tudo é muito previsível. Para eles, você parece estar mais interessado no assunto em si do que em comunicá-lo. Se a aula é à tarde e faz calor, os alunos talvez sintam os olhos querendo fechar-se e a cabeça pesada demais, porque simplesmente não há nada muito interessante para prender a atenção deles.

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