Segundo um pensador do século 16 existe pelo menos três grupos de pessoas:
O primeiro grupo: São pessoas têm o hábito de centralizar tudo em si mesmas!
Tendemos até a moldar o próprio Deus à nossa própria imagem, porque desta forma podemos escolher nossos próprios sacrifícios, escrever nossa própria história e decidir nosso próprio destino. Cada um de nós tem sua própria forma de exercer controle e, quanto mais caóticas estiverem às coisas, mais controles desejam ter. Resultam da própria educação e da pressão dos costumes.
O segundo grupo: São aquelas pessoas, tentam colocar Deus dentro de uma “caixa”, e viver em busca do sentido de ser e quem ser!
Como somos em geral bastante influenciáveis por outras pessoas. Deixamos Deus “guardado” e vamos à busca de algo que nos satisfaça ou em quem podemos nos espelhar, estas pessoas acabam sendo reprimidas pelo próprio orgulho e medo. Pois podemos alcançar um objetivo e continuar sendo infeliz. Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis.
O terceiro grupo: São pessoas que tem buscado se satisfazer com o auto-interesse (lucro e ganho), auto-engrandecimento!
Tem se alimentado pelo “consumismo”, pelo “profissionalismo, pelo “comercialismo”, pela propaganda. Evidentemente essas pessoas tendem a tentar se satisfizer com a ambição pelo dinheiro, por títulos, ou posições.
E diante deste quadro, vivemos em uma sociedade capacitada em produzir ídolos em escala inédita por isso, hoje, eu quero meditar sobre o Único capaz de preencher nosso vazio existencial, o “buraco” que existe dentro de nós e que muitas vezes produzimos ídolos para ocupar este lugar.
Este lugar: SÓ JESUS SATISFAZ!
Veja comigo o texto da palavra de Deus:
24Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura. 25E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui? 26Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. 27Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo. 28Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? 29Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado. 30Então, lhe disseram eles: Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu.
32Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. 33Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. 34Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. 35Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 36Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. 37Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 38Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. 39E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6.24-40.
No Antigo Testamento, enquanto o povo de Israel estava no deserto e sentia fome, Deus providenciou o maná do Céu, Deus enviou alimento que sustentasse todas aquelas pessoas dia a dia. Mas, não satisfeitas ou não confiantes que Deus daria o sustento aquelas pessoas resolveram armazenar o maná porque não acreditaram que Deus supriria as suas necessidades.
Este é um sinal que as pessoas estavam olhando para o milagre ao invés de olhar para Deus.
No Novo Testamento vemos a mesma situação, o povo foi até Jesus porque tinham interesses.
26Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes. João 6.26
Pedem-lhe um sinal para crer. Não entenderam o sinal da partilha. Querem um sinal extraordinário como o de Moisés e o maná. É o apego do judaísmo às suas tradições, fechado à novidade de Jesus.
O sinal de Jesus é a transformação das pessoas que, acolhendo o seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus deixa claro: o que vem do céu vem do Pai. O maná não foi dado por Moisés. É o Pai que dá o verdadeiro pão do céu, o pão que dá vida ao mundo. E este pão é Jesus.
Eles estavam interessados em seguir Jesus porque a pouco Jesus havia realizado o milagre da multiplicação, Jesus multiplicou 5 pães e 2 peixinhos para alimentar um número de quase 5000 pessoas.
O foco do povo estava errado – eles olharam para seus próprios interesses, eles estavam com fome e a fome foi saciada. Mas não olharam para Jesus – O PÃO DA VIDA, Aquele que sacia a fome da nossa alma.
Jesus satisfaz A FOME DA ALMA! Que fome? Fome de paz! Fome de amor! Fome de justiça! Fome de confiança! Fome de segurança! Fome de otimismo! Fome de sentido na vida! Você sente fome? Você sente um vazio? Você está se sentindo angustiado? Deprimido? Inseguro? Sozinho?
A resposta que Jesus tem para você é esta, veja comigo:
Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. João 6.35
Encare a realidade, este sofrimento e este vazio só pode ser preenchido por Jesus.
É preciso desenvolver um relacionamento com Jesus.
A raiz do pecado está no orgulho que temos de nossa autonomia. Nós não somos seres autônomos, quando agimos assim estamos negando a nossa verdadeira condição humana de seres relacionais, nossa natureza é relacional.
Tendo sido criados por um Deus Trinitário, com o desejo de relacionamento colocado no mais profundo de nosso ser, convivemos a agitação, o estresse, com o medo e a perda, quando rejeitamos Deus.
“se queremos conhecer uma pessoa, não devemos perguntar a ela o que faz e sim, o que mais ama”. (TEOLOGO Agostinho).
Para Agostinho, são os afetos que definem nossa identidade, e não nossa funcionalidade.
Somos seres funcionais. A profissão, o status, a função, precedem a pessoa. Ao perguntar pelo que amamos, Agostinho coloca no centro de nossa identidade os afetos e desejos, resgata o significado da pessoa como um ser relacional e não funcional. Noutras palavras, somos aquilo que desejamos, um reflexo daquilo que amamos.
Se estivermos saciados com Jesus, se estamos nos relacionando com Ele não precisamos produzir ídolos para tentar satisfazer nossos anseios. Nós apenas precisamos reconhecer que Jesus satisfaz.
Nada pode preencher ou saciar a nossa alma senão exatamente aquilo que o seu Criador preparou para ela, Jesus, o pão da vida.
É o pão não de farinha ou fermento, mas de amor e poder de Deus.
É Ele que responde a todas as perguntas que até hoje estavam por responder, que resolve os segredos que até hoje estavam silenciosamente atormentando o coração.
“Quem tem fome precisa comer. Quem tem alma precisa crer. Em Jesus, o Pão da vida”.
Eugenia Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário